sábado, 16 de outubro de 2010

Zumbilândia (Zombieland)

EUA / 2009 / 88 min
Eu já havia dito aqui no Blog que gosto de filmes apocalípticos/pós-apocalípticos. Sejam eles de ameaça biológica, climática, sobrenatural, extraterrestre, ou mesmo uma boa e grotesca infestação de mortos-vivos.

Cresci jogando Resident Evil (por favor, nunca associe o game com as tentativas de adaptação - sou incapaz de chamá-las de filmes) e sempre fui fã dos filmes do Romero. Mas meu primeiro contato com os mortos-vivos provavelmente tenha sido com o A Volta dos Mortos Vivos (The Return of the Living Dead), aos seis ou sete anos de idade.

Resumindo, desde que consigo me lembrar, essa mitologia muito me agrada. Imagine só: Todo mundo e principalmente seus queridos amigos e familiares querendo te comer vivo... Qual situação pode ser pior que essa?

Embora tenha havido evoluções na história dos zumbis, a essência continua a mesma. Alguns mais rápidos, mais espertos, mais violentos, mas não deixam de ser os mesmos seres sem consciência humana seguindo suas necessidades primárias.
O diretor e os roteiristas de Zombieland não foram os primeiros a parodiar a coisa toda, mas conseguiram criar um excelente trabalho, sem deixar de lado a profundidade moral.

O filme já começa agitado com o jovem protagonista (Jesse Eisenberg) fugindo dos mortos-vivos e explicando como fez para ser um dos pouquíssimos sobreviventes da humanidade. Ele está a caminho de sua cidade natal, na esperança de encontrar seus pais vivos. Em sua viagem ele encontra outro sobrevivente, um cara com um estilo cowboy intimidante (Woody Harrelson). Depois de um breve momento tenso, os dois seguem viagem juntos e para evitar qualquer tipo de vínculo, eles não se apresentam, passando a se chamarem apenas pelo nome de suas cidades, Columbus e Tallahassee. Porém, todos seus planos mudam quando encontram as independentes irmãs Wichita e Little Rock (Emma Stone e Abigail Breslin).

Logo no início quando Columbus explica suas sensatas e engraçadas regras de sobrevivência, as cenas são absolutamente incríveis. Me maravilhei horrizado com a extrema e magnífica câmera lenta mostrando a mulher sendo atirada para fora do carro por não seguir a regra nº4 (sempre use cinto de segurança!).

A brilhante atuação de Woody Harrelson já vale o filme; Tallahassee é um cara perturbado e sente extremo prazer em "matar os mortos", sempre inventando maneiras e armas diferentes para isso.

Zombieland é tão bom e engraçado quanto o Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead), filme que serviu de inspiração para o diretor Ruben Fleischer, segundo ele próprio declarou. 

O elenco ainda conta com a hilária e totalmente indispensável participação do ilustre Bill Murray, ninguém menos que o ator mais importante da cultura nerd.
Vários outros atores foram convidados a participar do filme, Megan Fox por exemplo, declinou a proposta do papel de Wichita, vivido por Emma Stone - que na minha opinião é infinitamente mais bonita e simpática.

Um pequeno detalhe que não me agradou foi o descaso de produção quanto a Little Rock usando as armas. Toda vez que ela atira, não há nenhum solavanco; uma menina de 12 anos quase perderia o braço ao atirar com uma escopeta ou mesmo uma espingarda. Entretanto, nas várias cenas em que ela atira, é como se usasse uma espingardinha de rolhas. Seria inclusive muito engraçado vê-la levando uns fortes trancos a cada tiro disparado.
Ainda assim, é um detalhe extremante superfical (assim como a munição infinita de Wichita no parque) que não atrapalha de forma alguma o produto final.

Em ideia inicial, Zombieland seria um seriado de televisão, porém se tornou o filme de zumbi mais rentável da história ($75 milhões).

A continuação também foi anunciada e deve estrear em 2011. E neste caso, tenho grandes esperanças de não me decepcionar.

NOTA: 8

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